Resenha

O artigo abaixo não refere-se necessariamente ao risco-país, mas relata a alteração do rating dos títulos do governo brasileiro realizada pela agência de riscos Moody’s. Considerando que as notas recebidas pelas diversas agências de risco refletem diretamente a posição de risco de um país em relação aos investimentos externos, esse texto nos provoca a analisar o Brasil através dos diversos indicadores, trazendo uma nova opção de parametrização, até o momento não abordada.
Analisando as informações e indicadores econômicos, podemos observar que o Brasil encontra-se em um momento economicamente desafiador. O baixo crescimento, a recessão técnica, a piora dos indicadores de dívida e a redução na qualidade de crédito foram os principais motivos que determinaram a alteração do rating dos títulos do governo brasileiro de “estável” para “negativa”. Mesmo após a redução do rating o Brasil não deixou o segmento de países com grau de investimento aceitável, entretanto, o colocou no limiar dos países com grau de investimento de qualidade média.
Grandes companhias tem em seu Estatuto as definições de quais riscos são aceitos em seus investimentos e essas companhias utilizam como subsidio para decisões relativas a quais países investir e quais não, portanto, a redução do rating pode acarretar na saída dos investimentos ou o cancelamento de novos investimentos.
Em relação ao Brasil, o cenário atual não é favorável (baixo crescimento econômico, taxa de juros e inflação elevadas) e a perspectiva é que o cenário mantenha difícil no próximo ano. Percebo que o Brasil tem grande potencial para avançar na posição de economia em desenvolvimento, entendo, igualmente, que o ano de 2015 será definidor para o futuro do país no curto e médio prazo. Considerando o exposto na avaliação e analisando as informações na posição de investidor, eu não investiria no Brasil no curto prazo.