Alunos
Joaquim Loureiro
Neste livro o autor convoca-nos a uma reflexão sobre o futuro da educação em Portugal, começando por fazer uma reflexão da atual situação e apresentando posteriormente um conjunto de fios condutores daquilo que pode vir a ser um novo paradigma das políticas educativas. Vivemos em Portugal nos últimos quarenta anos um longo caminho de progressos, mas também de perplexidades, de avanços e recuos e, neste momento, estamos bloqueados. Segundo o autor existem várias razões para o bloqueio, mas a principal é de ordem política, está na hora de “dizer não aos gabinetes e às suas medidas avulsas e constantemente geradoras de instabilidade.” (p.30). A instituição social cresceu mas não se desenvolveu de modo adequado ao novo contexto. Passamos de uma escola de elites para uma escola de massas o que obrigou a alterações na estrutura de gestão pedagógica, que só por si foram insuficientes. “Não podemos oferecer o mesmo tipo de formação a todos, pensando que estamos a oferecer o melhor percurso a cada um.” (p.55). Estamos perante uma “instituição muito fragilizada, porque sobretudo a sua coluna vertebral institucional é sensivelmente a mesma de outrora.” (p.43). Somos confrontados com constantes medidas avulsas, cada equipa que passa pelo ministério da educação quer deixar a sua marca. O principal campo de ação política em educação é o Diário da República, centrando a sua matriz num modelo de regulação, centralista e jacobino de governação. É urgente e necessário que se inscreva a educação no espaço público e se enverede por um caminho politico de melhoria da educação sustentada. Vive-se um clima de irresponsabilidade e parece que a educação em Portugal anda sem rumo certo. O Ministério decreta escolas autónomas, mas atua ao contrário, reforçando o seu poder de intervenção, centralizado e negando o