Aluno
1) Parmênides e Zenão (cerca de 515 – 450 aC) Parmênides é reconhecido pela grandeza perturbadora do pensamento. Foi o primeiro a sustentar a superioridade da interpretação racional do mundo, negando a veracidade da percepção sensível. Entendia que verdade não era alcançada sem esforço e, por isso, não era alcançada por todos. Zenão, seu discípulo mais próximo, fez da defesa da doutrina do ser (termo fundamental do pensamento filosófico) o escopo de sua filosofia. Algumas assertivas: * Somente o ser pode ser pensado; * Usar o verbo ser e o não ser é raciocinar com duas cabeças; * Afirmar a existência do não ser leva a paradoxos insolúveis; * O ser é eterno, não pode ser gerado de um não ser, não pode ser submetido ao devir, é indivisível, idêntico a si mesmo, deve ser perfeito. Para Zenão, o não ser (movimento, por exemplo) não existe. Afirmar sua realidade leva a paradoxos. 2) Demócrito (cerca de 460 – 360 aC) Versátil, combinando interesse enciclopédico com excelente nível de informação, esse filósofo afirmava: * Não há senão átomos e vazio; * Os mundos são infinitos; * Os quatro elementos (e a própria vida) são resultantes da seleção cósmica de átomos segundo sua grandeza; * Todas as coisas são combinações de átomos, inclusive alma, corpos celestes, sensações, percepções, fenômenos; Um radicalismo dessa proposta foi supor que todos os fenômenos estão ligados entre si por conexões naturais, psíquicas, dependentes da lei de causa-efeito. Daí o determinismo, retomado no século XVII e no XIX. Outra teoria de Demócrito fundamenta-se na diversidade de origens do ser humano para explicar a pluralidade de linguagens. 3) Sofistas: Protágoras e Górgias (meados do século V aC) Os sofistas inauguraram a carreira politica, fazendo do saber uma profissão, ensinando retórica e eloquência. Contribuíram para que a cultura grega se expandisse além