Aluno
CONTEXTO E AÇÕES DO PLANO REAL.
Curitiba
2014
Em 1982, começava a “crise da dívida externa”, relacionada à evidência da fragilidade dos balanços de pagamento. Na década anterior, frente à grande liquidez de capital no mercado financeiro internacional, vários países contraíram inúmeras dívidas, sob taxas de juros muito baixas que, com o segundo choque do petróleo e com o aumento da taxa de juros norte-americana, que atingiu 19% em 1983, passaram a sofrer fortes pressões cambiais.
Em 1986, decidido a atacar a inflação, o governo Sarney lançou o Plano Cruzado, que propunha um choque heterodoxo na economia, criando uma nova moeda e decretando o congelamento total de preços, com um impacto positivo em um primeiro momento, com a redução da inflação, o crescimento da demanda e o aumento da produção e do emprego, além de uma reorganização do mercado financeiro que viu-se incapacitado de lucrar com a especulação financeira baseada na inflação. No entanto, em 11 meses a inflação voltou no nível anterior, atingindo valores muito altos no ano seguinte. Em seguida, outras duas tentativas de combate à inflação foram feitas, em 1987, o Plano Bresser e em 1989, o Plano Verão que foram ineficazes assim como o Plano Cruzado e levaram ao total descrédito ao combate à inflação através de congelamento de preços.
Foi com o governo Collor, a primeira iniciativa de longo prazo para conter a inflação, que foi além da simples política de estabilização, com um programa extremamente neoliberal, articulando o combate ao aumento de preços com a implementação de reformas estruturais e abertura econômica. O plano foi eficaz no combate à inflação, mas teve como consequência uma queda de 4% no PIB em 1990. No Plano Collor II o confisco das poupanças, entre outros motivos, acarretou no impeachment e na destituição do presidente.
Depois de várias tentativas desde meados da década de 1980: Plano Cruzado (I e II) em 1986; Plano Bresser em 1987;