Aluno
Claudio José da Silva 201423710
Letras Licenciatura
Prof. Viviane
Modernidade e Literatura Portuguesa
“A um Poeta” de Antero de Quental Antero de Quental era um espírito rebelde. Desde seu contato com o socialismo em Coimbra, onde estudou direito, ele seguiu a vida tentando transformar Portugal por meio de sua Literatura e a de seus companheiros, desde a Sociedade do Raio, passando pela Questão Coimbra. O poema “A um Poeta” descreve bem essa alma agitadora e revolucionária de Quental pois, traz um chamado de levante aos poetas de seu tempo. Na primeira estrofe ele logo mostra que a mensagem do poema é para um grupo específico de pessoas, os “espíritos serenos” que “dormem”, os poetas que estão acomodados com a atual escola. “Como levitas a sombra dos altares”, ele fala às pessoas de talento que não podem expressar-se por medo de repressão. E no final ele abre o jogo e com todas as palavras diz que é para os que ainda não estão em meio à mudança proposta pelo seu grupo, os que estão “longe da luta e do fragor”, da gritaria e oposição. Na segunda ele passa a mensagem, convocando-os a perceber que a mudança começou e está em seu momento, “é tempo”. Que para que ela ocorra é preciso unir-se e agir, “acenar”. E em um momento de ousadia diz que os “vermes tumulares”, os seus opositores e questionadores já aviam fugido com o iniciar da revolta. Concluindo mostra que a mudança é de vontade de muitos e que sua disposição é de lutar até o fim, ‘guerrear’. E finaliza sendo claro “faze espada de combate”, em outras palavras, para que esses poetas que estão acordando para a realidade do momento de transformações sejam ativos na batalha, falem, escrevam e briguem por ela. O momento literário do poema é de clara vontade de mudança e Antero de Queiros, que como vimos deixa bem expostas suas intenções, se utiliza de metáforas que facilmente identificamos os reais sentidos e se opõe ao romantismo escola predominante na época de