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O Estado Absolutista no Ocidente
José Renato Carvalho1 Perry Anderson apresenta sua visão sobre a crise econômica e social europeia durante o século XIV e XV marcada pela dificuldade do modo de produção feudal no último período da Idade Média, levando-nos a compreender a passagem do feudalismo para o capitalismo e o absolutismo como ponte de equilíbrio político e econômico entre a nobreza e a burguesia, bem como, o absolutismo como instrumento usado pela monarquia para introduzir o exército permanente, a polícia, burocracia, clero e magistratura, órgãos que serviram à sociedade da classe média nascente, arma poderosa nas suas lutas contra o feudalismo.
Todas essas ações tem suas características capitalista e coincidem com o desaparecimento da servidão e um equilíbrio entre a burguesia e a nobreza, ou mesmo uma dominação direta do capital. Com tudas as alterações nas formas de exploração feudal estavam longe de serem insignificantes. O regime era um instrumento de dominação feudal, destinado a sujeitar as massas camponesas no final da Idade Média. Os senhores feudais direcionaram suas ações políticas para o estado centralizado e militarizado, ou seja, um estado absolutista.
Mas apesar do serviço avançado proporcionado pelo absolutismo com suas formas de acentuação do capitalismo ocidental, ele foi marcados pelos inúmeros conflitos e rupturas no sistema aristocrata feudal. Esses conflitos geraram uma reorganização do sistema político feudal, que aos poucos foi abandonando o sistema primitivo do feudo e adotando formas mais absolutas de desenvolver sua sociedade.
A reorganização do sistema político feudal e a diluição do sistema feudal fez com que a propriedade da terra se tornasse menos condicional à medida que a soberania se tornava mais absolutista. Os Estado da Renascença foram instrumentos modernizados para a manutenção do domínio da nobreza sobre as massas rurais, enquanto a aristocracia se acostumava com a burguesia mercantil que surgia nas cidades