Aluno
"WANDERLEY, Luis Eduardo. Universidade e Sociedade: consensos e dissensos. (?); TRAGTENBERG, Maurício. Sobre educação política e sindicalismo. São Paulo: UNESP, 2004. (Coleção Maurício Tragtenberg, v.01) e; ZABALZA, Miguel. O Ensino Universitário: seus cenários e seus protagonistas. Porto Alegre: Artmed, 2004."
Durante seus vários séculos de história as universidades estiveram modificando sua orientação e sua projeção social. A idéia de estas fabricarem líderes sociais e cientistas brilhantes foi modificada, bem como seu reconhecimento como um espaço de reprodução social do sistema em que estão inseridas e, ao mesmo tempo, de espaço de propiciação de resistência e emancipação. A transformação das universidades deu-se em resposta as novas demandas da sociedade e da necessidade de aplicação prática aos conteúdos aplicados e aos valores transmitidos. A instrumentalização do saber como forma de dominação predomina no mundo capitalista, o trabalho torna-se o foco e a formação profissional ocupa quase todo o repertório acadêmico, sobrando pouco espaço para as vivencias sociais e culturais, as profissões tornam-se cada vez menos generalistas.
O advento da tecnologia e do ensino a distancia aceleraram ainda mais as mudanças e as inquietações das universidades, o desmantelamento das públicas e o mercantilismo das privadas. As avaliações internas e externas somaram neste processo, o olhar precisou se ampliar para além das cercas uma vez que se passou a reconhecer que existe um forte condicionamento da realidade das universidades com o contexto político, social, religioso e econômico onde estas estão inseridas. Muda o papel social da universidade, que ao chegar também a um número maior de cidadãos – massificação - passa a inserir o conhecimento produzido na prática cotidiana das pessoas e das comunidades, transformando-se num recurso de desenvolvimento social e econômico. Ganha destaque a iniciação de estudantes de graduação na investigação cientifica