Aluno
Desintegração Nuclear Artificial
11.1. Transmutação por Partículas Alfa: Reações Alfa - Próton
O fato de que certos átomos sofrem desintegrações espontâneas levou a especulações sobre a possibilidade de que se átomos comuns fossem bombardeados com partículas energéticas, essas poderiam penetrar no núcleo e causar sua ruptura.
A primeira desintegração baseada nesta idéia foi feita por Rutherford em 1919.
Rutherford mostrou que os núcleos de átomos de nitrogênio emitem prótons rápidos, quando bombardeados com partículas do Rádio C.
Quando a caixa era preenchida com O2 ou CO2 à pressão atmosférica, nenhuma cintilação era vista na tela com a fonte a uma distância de 7 ou mais centímetros. Quando o gás na caixa era nitrogênio, observavam-se cintilações na tela quando a fonte de partículas estava até 40 cm de distância. Na época, já se sabia que as partículas do RaC não conseguiam atravessar 40 cm de ar.
Rutherford concluiu: “as cintilações eram causadas por partículas emitidas pelo núcleo do nitrogênio, devido ao impacto de uma partícula .
Medidas de deflexões magnéticas das partículas mostraram tratar-se de prótons, evidenciando que havia ocorrido a desintegração artificial dos átomos de nitrogênio.
Rutherford e Chadwick descobriram indícios de desintegração em todos os elementos leves, do boro ao potássio, com exceção do carbono e do oxigênio. Verificaram que, em alguns casos, a energia dos prótons ejetados era maior que a das partículas usadas no bombardeio.
Esse resultado trouxe evidências de que os prótons eram emitidos como conseqüência de um processo de desintegração, sendo a energia extra adquirida no rearranjo nuclear.
Trabalhos posteriores (Blackett, 1925) mostraram que a partícula entrava no núcleo do átomo de nitrogênio com a formação de um sistema instável que expelia imediatamente um próton.
A desintegração de um átomo de nitrogênio por uma partícula é representada da seguinte forma:
147N + 42 [189F]