Aluno
Corrente de pensamento dominante no século XVIII, que defende o predomínio da razão sobre a fé e estabelece o progresso como destino da humanidade. Seus principais idealizadores são John Locke (1632-1704), Montesquieu (1689-1755), Voltaire e Rousseau. Representa a visão de mundo da burguesia intelectual da época e tem suas primeiras manifestações na Inglaterra e na Holanda. Alcança especial repercussão na França, onde se opõe às injustiças sociais, à intolerância religiosa e aos privilégios do absolutismo em decadência. Influencia a Revolução Francesa, fornecendo-lhe, inclusive, o lema Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
O iluminismo tem origem no Renascimento, o primeiro grande momento de construção de uma cultura burguesa, na qual a razão e a ciência são as bases para o entendimento do mundo. Para o iluminismo, Deus está na natureza e no homem, que pode descobri-lo por meio da razão, dispensando a Igreja. Afirma que as leis naturais regulam as relações sociais e considera os homens naturalmente bons e iguais entre si - quem os corrompe é a sociedade. Cabe, portanto, transformá-la e garantir a todos liberdade de expressão e culto, igualdade perante a lei e defesa contra o arbítrio. Quanto à forma de governo para a realização da sociedade justa, uns defendem a Monarquia constitucional, outros a República.
Em Ensaio sobre o Entendimento Humano (1689), o inglês John Locke trata a experiência como fonte do conhecimento, que é organizado depois pela razão. Locke defende também o individualismo liberal contra o absolutismo monárquico. O escritor francês Montesquieu propõe na obra Do Espírito das Leis (1751) a independência dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário como garantia da liberdade. Voltaire critica a Igreja e defende a Monarquia comandada por um soberano esclarecido. O suíço Jean-Jacques Rousseau torna-se o iluminista mais radical, precursor do socialismo e do romantismo. No livro O Contrato Social (1762) posiciona-se a favor do