Althusser
Althusser tenta entender como o capitalismo se mantém, se reproduz, reproduz a força de trabalho. Para isso, o salário do trabalhador tem que dar conta de que ele e seus filhos sobrevivam e se desenvolvam, porém, o salário deve ser mediado para continuar mantendo o indivíduo como força de trabalho e posteriormente quem vai passar a ser utilizado como força de trabalho vão ser os filhos do trabalhador e assim sucessivamente.
Tanto os burgueses quanto os proletários recebem educações diferentes, recebem capital financeiro e cultural, porém o proletário é educado de uma forma profissionalizante que será utilizado como força de trabalho, enquanto o burguês é educado de uma forma “desinteressada”, artes, música, outros idiomas, viagens. Na visão de Althusser o Estado como uma máquina de repressão, essa repressão que o capitalismo criou é mantida pelos aparelhos ideológicos do Estado (família, escola, igreja, mídia, cultura) são usados primeiramente para introduzir a ideologia e depois para reforçá-la.
Quando os aparelhos ideológicos do estado não dão conta de manter o controle, quem entra em ação são os aparelhos repressivos do Estado (polícia, prisões, justiça, exército) fazendo uso da força física.
Para Althusser o grande aparelho ideológico do Estado é a educação, que “atua” cincos dias por semana, oito horas por dia, reforçando a ideologia dominante, Althusser diferente de Marx cita que não adianta dominar, atacar, tomar a infra-estrutura porque a superestrutura (Hinterlandia) vai reestruturar a infra-estrutura, ou seja, antes de tomar o Estado precisamos educar os indivíduos, educar de uma forma “desinteressada”, uma educação emancipadora, combater a alienação, crítica e autocrítica constante, permanente e permanentemente.