Alteridade
Alteridade é um termo abordado na antropologia que significa olhar para os outros não com um olho egoísta, individual. Isto é, entender sem preconceitos o que é o diferente do que estamos acostumados. A antropologia estuda um determinado grupo e todas as suas características, por isso a alteridade dentre desta, é tão importante. As minorias são aqueles grupos que representam uma parcela de uma população, que possuem os mesmo costumes, objetivos ou lutam pelas mesmas coisas. Ou seja, podemos interpretar como tal, qualquer grupo social com características em comum. Um antropólogo, além de estudar uma nação, aprende a respeitar e defender a cultura daquele determinado grupo.
Darcy Ribeiro
A obra de Darcy Ribeiro pertence a uma geração de antropólogos pós-coloniais. Os que, pós-Segunda Guerra Mundial, desejavam romper com a antropologia eurocêntrica que via os habitantes de outros continentes mais atrasados como naturalmente inferiores, vocacionados para servir mais do que para mandar, sendo desqualificados para conduzir o autogoverno.
Ao mesmo tempo, ele lançou-se à obra de fazer inclinar o interesse pelas coisas do Brasil em favor do povo comum que compõe esta imensa população miscigenada e muito pobre que se abriga no país-continente.
No fluxo da época, aquela geração posicionava-se de uma maneira crítica no tocante à politica das metrópoles colonialistas, apontando sistematicamente seus defeitos e violações. Bem ao contrário dos historiadores e ensaístas brasileiros-lusitanistas das épocas anteriores.
Em oposição a Gilberto Freyre (a quem ele não deixou de devotar admiração apesar de lusófilo assumido, que viu a nação brasileira de cima do olhar do patriciado nordestino, particularmente do Pernambucano - Casa Grande e Senzala, 1933), Darcy esmerou-se em destacar o crioulo, o indígena, o caboclo, o vaqueiro, o matuto, o caipira, e tanta gente mais. Esforçou-se a realçar, desde os tempos coloniais (1500-1822), a modesta dignidade