trabalhooos
Perfazendo-se de poucos personagens, ou em muitos casos isentos dos mesmos, tal modalidade tem como principal eixo temático fatos corriqueiros inerentes ao cotidiano social, político ou cultural. Desta feita, o cronista, lançando mão de sua criatividade imaginativa, incrementa-os com toque de bom humor e ironia, de modo a permitir que as pessoas vejam por outra ótica aquilo que lhes parece relativamete óbvio.
Trata-se de um texto essencialmente veiculado por jormais e revistas, razão pela qual ele oscila entre jornalismo e literatura pelo fato de que o emissor parte da observação dos fatos reais, embora os relate de forma predominantemente subjetiva.
Entretanto, em determinadas ocasiões, este lado poético cede lugar a um instinto opinativo, no qual a realidade observada passa a ser retratada como forma de protesto em função de um fato polêmico. Atribui-se a este caso o que denominamos de crônica argumentativa.
Tal posicionamento defendido materializa-se por meio da argumentação e da exemplificação. Neste caso, ironia e sarcasmo parecem fundir-se ao mesmo tempo, caracterizados pela forma em que o cronista se propõe a defender seu ponto de vista, divergindo-se da maneira pela qual a maioria o concebe.
Atendendo à proposta de aprimorarmos nosos conhecimentos sobre o gênero em evidência, analisaremos a seguir alguns fragmentos da crôncia de Mário Prata, intitulada “No Topo”: