alta idade media

3661 palavras 15 páginas
Diante da teoria da Plenitudo potestatis, Marsílio de Pádua assumiu uma posição radical, desenvolvendo uma cadeia de argumentos que tornam legítima a subordinação da Igreja perante a autoridade do Império. Neste trabalho, objetiva-se mostrar como se estrutura a Eclesiologia de Marsílio, a partir de alguns argumentos fundamentais, baseados nas palavras de Jesus e dos apóstolos em O Defensor da paz, inserindo-os em seu contexto histórico próprio e no conjunto de suas principais formulações teóricas. Pretendemos que esta breve apresentação introdutória possa servir como recurso para os interessados em ler a obra do Paduano.
Durante a Idade Média a teocracia pontifícia gerou polêmicas discussões na Europa. Gradativamente, o poder dos papas alcançara um status de plenitude (plenitudo potestatis), posto acima de todos os demais poderes em sociedade, tanto o poder dos clérigos como o poder do próprio imperador. Tal tendência não tem um início histórico determinado especificamente; sabe-se que se encontra já no século V, com os papas Leão I (440-461) e Gelásio I (492-496). Este último, tomando como referência a idéia agostiniana da superioridade do espiritual sobre o temporal, defendera fortemente a primazia do sacerdote em uma carta, muito conhecida como "carta gelasiana", anotando que nada no mundo pode estar acima do homem que Deus constituiu para ser líder do seu povo.
Na esteira do pensamento de Gelásio, encontra-se Gregório I (590-604), que colocou o poder real como um ministério entre tantos da Igreja, devendo o imperador ajudar na cristianização do mundo. Essa posição também será seguida pelo teólogo do século VII Isidoro de Sevilha, mas com o detalhe de que Isidoro coloca o Imperador acima do próprio papa, não, porém, como autoridade, mas apenas enquanto detentor do poder de cristianizar os povos. Prevalecia a idéia de que o poder vem do alto, ou diretamente de Deus ou através da Igreja.
No ano de 800, Carlos magno foi coroado pelo papa leão III, o qual o

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