Almeida Garret
Em 1821 editou a sua primeira obra, o poema "O Retrato de Vénus", que foi considerado ultrajante pela censura, tendo Garrett sido obrigado a comparecer a tribunal. Foi também no ano de 1821 que subiu ao palco a sua tragédia "Catão", drama construído à maneira clássica. Com a Vila Francada, exilou se em Inglaterra em 1823, onde entrou em contacto com a literatura romântica (Byron e Walter Scott). Em 1825 publicou em Paris "Camões", obra marcante para o Romantismo português. Em 1826 publicou "Dona Branca". Após a guerra civil, foi nomeado cônsul geral em Bruxelas. Estudou a língua e a literatura alemãs (Herde, Schiller e Goethe). Regressou a Portugal em 1836 e Passos Manuel encarregou o de reorganizar o teatro nacional, nomeando o inspetor dos teatros. Além da atividade política e legislativa, Garrett continuou sempre trabalhando na sua obra e escreveu para o Teatro "Um auto de Gil Vicente" em 1838, "D. Filipa de Vilhena" em 1840 e "O Alfageme de Santarém" em 1842. Garrett foi opositor da ditadura de Costa Cabral, que o demitiu do cargo de inspetor geral dos teatros. Esta terá sido a época mais criativa de toda a sua carreira literária: em 1843 publicou "Frei Luís de Sousa", em 1845 "As Viagens na Minha Terra" e "As Flores sem Fruto", e "Folhas Caídas", que data de 1853, embora tenha sido escrito antes.
CURIOSIDADE
. O triunfo do movimento político da Regeneração (1851), trouxe Garrett à política ativa. Fundou um novo jornal, a que chamou A Regeneração. Devido ao seu temperamento