Os organismos geneticamente modificados (OGMs) são organismos vivos, sejam eles plantas, animais ou microorganismos, cujo material genético foi alterado por meio de engenharia genética, seja pela introdução de seqüências de DNA. O conhecimento da estrutura básica de um OGM é importante para compreender o princípio de alguns métodos utilizados na detecção destes organismos. A grande quantidade de OGMs que vem sendo aprovada no mundo nos últimos anos e a suspeita de que os mesmos não sejam seguros para o consumo e por isto levaram estes organismos ao centro das atenções públicas. Imunoensaios são ideais para a detecção qualitativa e quantitativa de proteínas em misturas complexas. Baseado na típica concentração de proteína transgênica em tecidos vegetais, o limite de detecção de um imunoensaio é de aproximadamente 1%. A detecção de OGMs, através de imunoensaios, nem sempre é possível. Isto ocorre quando o nível de expressão da proteína transgênica nas partes das plantas que são utilizadas na produção de alimentos é muito baixo. O ensaio imunoenzimático (ELISA), o imunoensaio de fluxo lateral (IFL) e o Western blot são os principais imunoensaios utilizados na detecção e quantificação de alimentos contendo OGMs. O imunoensaio de fluxo lateral (IFL) é um teste qualitativo, prático, não dispendioso e rápido, cujos resultados são obtidos entre 5 e 15 minutos, por isso é indicado para triagens. A maioria dos OGMs aprovados para uso alimentar possui seqüências comuns, como o promotor 35S, proveniente do vírus do mosaico da couve flor. O gene transgênico é apenas um entre os milhares de genes do genoma. Além disso, na prática diária, é necessário detectar uma única semente geneticamente modificada entre 1.000 a 10.000 sementes convencionais e a PCR tem demonstrado ter sensibilidade suficiente para tal. O maior desafio para a atual metodologia de detecção e quantificação de OGMs é o grande número e a complexidade dos eventos que estão surgindo. diversos métodos vêm sendo