Alimentos em 2060
O tema do presente projeto versa sobre a questão da produção de alimentos no ano de 2060. A necessidade mundial por milho, arroz, trigo, açúcar e soja deverá passar de 2,4 bilhões de toneladas, número de 2010, para cerca de 3,5 bilhões em 2050, para atender o aumento da população mundial, prevista para chegar a 8,9 bilhões de habitantes daqui a 40 anos – 2,1 bilhões de pessoas a mais do que nos dias de hoje. De acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, a produção de carne gera quase 20% dos gases de efeito estufa e a engorda de animais ocupa cerca de 80% de todas as áreas agrícolas aproveitáveis do mundo, além de consumir quase um décimo de sua água doce. Por esses motivos, começam a surgir novas idéias a redor das cozinhas experimentais voltadas para o futuro, tais como salsichas de biorreator, espetinhos de insetos, peixes de fazendas de psicultura, alface cultivada em arranha-céus, arroz geneticamente alterado, entre outros.
Nações populosas que emergiram nos últimos trinta anos, principalmente na Ásia, tornaram urgente o desenvolvimento de novos celeiros para a alimentação das massas. Conforme foi dito pelo sócio da consultoria Bain & Company, Fernando Martins, “Os grandes celeiros do passado, países de terra arável e clima temperado, já estão bastante desenvolvidos e ocupados”. O Mercosul produz 13% do volume total das cinco commodities com maior nível de negociação no mercado mundial (soja, milho, trigo, arroz e açúcar), de acordo com a consultoria. A região guarda o segundo maior pólo sojicultor do mundo, respondendo por quase metade da oferta global da oleaginosa e, portanto, se torna a mais bem preparada para abastecer a população mundial no ano de 2060, tendo maiores condições de aumentar a sua produção. Mas, para que isso aconteça e o Mercosul se torne o centro de abastecimento do mundo, os graves problemas de logística, que envolvem ferrovias, rodovias e hidrovias, têm que ser resolvidos.
O Brasil,