Alimentação infantil
Body mass index cutoff points for evaluation of nutritional status in Brazilian children and adolescents doi:10.2223/JPED.1502 Wolney L. Conde, Carlos A. Monteiro J Pediatr (Rio J). 2006;82(4):266-72
Introdução O uso de medidas antropométricas na avaliação do estado nutricional tem se tornado, embora com limitações, o modo mais prático e de menor custo para análise de indivíduos e populações, seja em ações clínicas, de triagem, ou mesmo em monitoração de tendências. Um padrão ou curva de referência antropométrica é a representação sumarizada da distribuição de determinada medida antropométrica segundo uma co-variável (usualmente, idade) em cada sexo1. As curvas de referência representam o "modelo empírico saudável" e servem, a um só tempo, para classificar (comparar com grupo de referência) e para diagnosticar (separar indivíduos saudáveis dos não-saudáveis) o estado nutricional de um indivíduo ou população. A fundamentação do diagnóstico antropométrico do estado nutricional infantil vem oscilando, historicamente, entre bases epidemiológicas e estatísticas. Entre os primeiros sistemas classificatórios utilizados estão aqueles propostos por Gomez, McLaren e Waterlow. Essas propostas debatiam-se em torno dos indicadores e desfechos selecionados para descrever e classificar o estado nutricional infantil2. Waterlow, dentre os citados, é o primeiro a propor um sistema classificatório efetivamente probabilístico - isto é, estatístico - para lidar com a classificação do estado nutricional infantil. Essa proposta foi adotada pela OMS em 19753 e, desde então, tem predominado no diagnóstico do estado nutricional infantil. Todavia, a opção pela classificação probabilística no caso do estado nutricional infantil contrasta com a classificação do estado nutricional em adultos a partir do índice de massa corporal (IMC). Neste caso, o sistema