Alimenta O Mexicana
22 a 24 de agosto, 2013. San José, Costa Rica
Impacto do modelo de consumo atual em Segurança Alimentar
Xaviera Cabada
Alejandro Calvillo
Introdução
“Há segurança alimentar quando todas as pessoas têm, de forma permanente, acesso físico e econômico a suficientes alimentos inócuos e nutritivos para satisfazer suas necessidades alimentícias e suas preferências em relação aos alimentos, a fim de ter uma vida ativa e saudável.” A segurança alimentar é um estado no qual todas as pessoas gozam, de forma oportuna e permanente, de acesso físico, econômico e social aos alimentos que elas necessitam, em quantidade e qualidade, para seu adequado consumo e utilização biológica, garantindo-lhes um estado de bem-estar geral que coadjuve a alcançar seu desenvolvimento (FAO, 2012).
A segurança alimentar consta de quatro dimensões para sua plena realização: que haja uma adequada disponibilidade de alimentos; acesso aos mesmos, e isso implica que as pessoas tenham acesso aos recursos para a aquisição de alimentos adequados e nutritivos; que os alimentos tenham uma utilização biológica, isto é, que haja qualidade nos mesmos; por último, estabilidade, ou seja, que de maneira permanente, os indivíduos não corram o risco de ficar sem acesso aos alimentos como consequência de crises repentinas (CONEVAL, 2010).
Todos os seres humanos têm direito a gozar de plena segurança alimentar, entretanto, na maioria dos países o panorama não é esse.
Um elemento que impediu que a população gozasse da segurança alimentar plena foi a ausência de políticas públicas efetivas em benefício da população, na área de saúde alimentar. Hoje, tanto os países economicamente desenvolvidos quanto os países em desenvolvimento sofrem a epidemia de sobrepeso, obesidade e diabetes (ENSANUT, 2012). E uma situação ainda mais grave é a dos países em desenvolvimento que sofrem a dupla carga da desnutrição e da obesidade, bem como de todas as doenças derivadas delas.
A presença de alimentos