comunicaçao
Guillermo Orozco Gómez2
Professor da Universidade de Guadalajara, México. Doutor em Educação pela Universidade de Harvard e Catedrático de Ciências da Comunicação pela Universidade de Guadalajara.
E-mail: gorozco@cencar.udg.mx
Uma das preocupações das Ciências da Comunicação na América Latina é com a defesa e o apoio às culturas locais. Esse tem sido um dos temas mais freqüentes nos congressos e seminários internacionais, inclusive no VI Encontro Lusófono de Ciências da Comunicação – LUSOCOM que aconteceu em
Santiago de Compostela no mês de abril deste ano. É importante pensar como essa questão se reflete no México.
Lá, infelizmente, parece não haver a preocupação central com a cultura local que se observa em outros países latinos, pelo menos naquilo que diz respeito à pesquisa em comunicação. Creio que, neste momento, no México, a pesquisa em comunicação tem diminuído, atropelada por razões burocráticoadministrativas envolvendo professores-pesquisadores que têm de se dedicar a outras atividades, deixando para trás, muitas vezes, seus interesses na investigação. Isso é lamentável e nos obriga a encontrar uma maneira de reverter essa situação.
Mas o caso mexicano é, na verdade, muito peculiar, pois se os pesquisadores não têm elegido a cultura local como uma de suas preocupações mais importantes, por outro lado, existe um grande esforço das televisões comerciais
– Televisa e TV Asteca – no resgate da cultura mexicana e da cultura local.
É claro que fazem isso de maneira espetacular, com objetivos comerciais, porém há esforços sérios no sentido de se poder falar amplamente e melhor do México. Isso tem sido visto de maneira favorável por artistas, literatos, autores de diferentes áreas e linguagens e até mesmo pela elite mexicana.
Há também muitos que vêem com reservas tudo aquilo que está sendo apresentado na televisão, mas para mim é esse resgate que tem permitido uma atenção especial à