Algo sobre Ago
Volto mais uma vez aos clássicos da nossa literatura e a um autor que estou a gostar muito de conhecer, Júlio Dinis. Num enredo bastante simples, focado essencialmente no contexto do romance e repleto de personagens-tipo, o autor mostra-nos um Porto antigo. Em vários momentos fiz algumas pesquisas, afim de perceber se aqueles lugares que nos são apresentados ainda existem nos dias de hoje. Mais uma vez, a escola realista em que Júlio Dinis se insere está muito presente nas descrições que faz de lugares, de espaços, de divisões, de paisagens, etc. Existem alguns pontos que gostaria de referir. Como ponto negativo aponto a tendência do autor de se perder, a espaços, em dissertações que cansam o leitor. Por vezes, o autor corta essas dissertações a meio para não maçar o leitor mas o mal já está feito. Como ponto mais divertido aponto a referência às “mulheres do soalheiro” e os mexericos de soleira da porta. Uma situação comum em qualquer lugar, desde as grandes cidades até às pequenas aldeias, e que subsiste até aos dias de hoje. Como ponto curioso aponto