Alfabetização
E DO MANUAL DIDÁTICO'
Teresinha de Moraes Brenner**
A crise política nos últimos vintes anos determinou,
no
Brasil, uma orientação fechada sobre ensino e material didático na escola brasileira. Competindo com uma política da Escola Tradicio nal, orientada para uma Gramática Tradicional, surgem duas diretri zes dos Estados Unidos: uma, retomando uma filosofia humanista, na linha chomskiana, e a outra direcionada para o estruturalismo blo omfieldiano, associada a uma psicologia skiniana, que imprimiu uma pedagogia definida dentro da América Latina. Entre essas
lideran
ças, engatinha a LingUística Aplicada no Brasil que, além das limi tações de uma política de pesquisa da LingUística no mundo ociden tal, ainda sofreu as pressões de um regime político que podou toda criatividade e iniciativa. Assim, os professores ficam desorienta dos, em sala de aula, quanto à orientação a seguir.
Os
manuais
didáticos são limitados e exigem uma revisão muito grande, relati vamente a conteúdo, aplicação dos conhecimentos da LingUística Ge ral ã área da Educação e, sobretudo, relativamente à reciclagem do corpo docente.
* O presente trabalho foi apresentado no VIII Congresso Internacio
nal da ALFAL, Associação de LingUística e Filosofia da
América
Latina, realizado em San Miguel de Tucuman, Argentina, em setembro de 1987.
Professora do Dept9 de Língua e Literatura Vernacúlas da UFSC.
Perspectiva; r. CED, Florianópolis, 8(15):52-69, Jul/Dez. 1990
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- ::1'1 ZAÇÁO
Os textos dos manuais e cartilhas são pobres,
escritos
dentro de uma ideologia definida e a gramática ensinada carece uma reavaliaçio profunda, quanto a sintaxe, morfologia e de Moraes Brenner**
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fonolo
gia. Necessitam, sobretudo, de um planejamento mais amplo, com programa de ensino gramatical dentro de uma filosofia
de
um
lingUística
definida, e observância aos princípios