ALFABETIZAÇÃO

ALFABETIZAÇÃO

INTRODUÇÃO

Muito se relaciona entre o nível de instrução e as condições socioeconômicas, tanto que já foram demonstradas inúmeras vezes, tornando-se comum nas áreas educacionais.
É desalentadora a realidade vivenciada na educação no Brasil. O acúmulo de políticas equivocadas, que não se centram em questões fundamentais tem contribuído, em muito, para dificultar a entrada na modernidade. Com esse motivo, inviabiliza-se a obtenção de uma vida de qualidade para todos e a apropriação de bens culturais universais, tornando-se imperioso que se discutam, com a devida seriedade, os problemas da alfabetização. Essa discussão não pode, no entanto, restringir-se ao espaço atual, devendo-se compreender a realidade educacional brasileira como parte do contexto mundial, precisando acercar-se da alfabetização real.
Os alunos das classes populares enfrentam inúmeros transtornos no momento da alfabetização, visto que, essas crianças enfrentam intenso insucesso escolar na primeira série do Ensino Fundamental. Ao se preocuparem com o porquê dessas crianças não aprenderem, muitas vezes, as pesquisas se voltam para a enumeração de comportamentos, atitudes ou circunstâncias que, eventualmente, as distinguem das crianças das classes mais favorecidas.
Sabe-se que embora a Constituição garanta o direito do cidadão à educação básica, a maioria das crianças brasileiras não têm acesso a ela e quando têm são discriminadas por pertencerem a um meio social desfavorecido. Cumpre-se ressaltar que a idéia de que o estado deveria oferecer educação gratuita a todos os cidadãos originou-se da Revolução Francesa, no século XVIII, garantindo os princípios de obrigatoriedade, laicidade e gratuidade, mas esses dependem sempre dos diferentes contextos sociais e de movimento político mais amplo da sociedade.
Após se passarem três séculos, os fatos não se modificaram e as crianças oriundas das classes populares não possuem condições de permanecerem nas escolas, sendo tratadas com