Alfabetização
Fundamentos Teóricos e Metodológicos da Alfabetização I
Uma lenta caminhada
O analfabetismo funcional persiste entre os jovens brasileiros: 15% deles não têm habilidades de leitura e escrita compatíveis com sua escolaridade
Michele Silva
Mais sobre anlfabetismo
Reportagem
• A influência do ensino na vida das pessoas
Eles frequentam ou frequentaram a escola. Mesmo os que sabem ler e escrever têm dificuldade para compreender textos curtos e localizar informações, inclusive as que estão explícitas. Quanto à Matemática, lidam com os números que são familiares, como os de telefones e os preços, ou realizam cálculos simples. A compreensão do que observam ou produzem é limitada e emperra seu desenvolvimento pessoal e profissional.
Essa triste condição é parte da vida de 15% da população brasileira com idade entre 15 e 24 anos que é considerada analfabeta funcional, segundo o Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), divulgado neste mês (veja a evolução dos dados nessa faixa de idade no gráfico abaixo). Desses jovens, 2% são analfabetos absolutos (não sabem ler e escrever, embora alguns consigam ler números familiares) e 13% são alfabetizados de nível rudimentar (leem textos curtos, como cartas, e lidam com números em operações simples, como o manuseio de dinheiro).
O que diz o INAF Brasil 2009
O Indicador de Alfabetismo Funcional revela que só um terço dos jovens brasileiros atingiu a alfabetização plena
Evolução do indicador
População de 15 a 24 anos.
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Ilustrações: Mario Kanno
Fonte: Instituto Paulo Montenegro/IBOPE
Recuo demorado
Faz quase uma década que as habilidades para ler, escrever e fazer cálculos são avaliadas no Brasil e o analfabetismo funcional persiste entre os mais jovens. Ele já foi 22% (2001). Hoje, ainda soma 15% (2009). A julgar pelo ritmo, a batalha para erradicá-lo será longa.
O índice, divulgado a cada