Alemanha
5. As lições do Sistema Monetário Europeu
A crescente recomendação e aceitação de regimes cambiais com taxas de câmbio fixas, porém ajustáveis, resulta do aparente sucesso do SME até a crise de
1992/93. Há uma restrição adicional imposta pela escolha desse regime cambial às autoridades fiscais – ao determinar a taxa de inflação, as autoridades monetárias devem aceitar o trade-off entre senhoriagem e estabilidade da taxa de câmbio
(Grilli, 1989): taxas de câmbio fixas podem restringir a senhoriagem abaixo do seu nível ótimo e substituí-la por maiores impostos pode não ser viável. Numa economia aberta com taxas de câmbio fixas, a criação de moeda total compatível com as metas de inflação pode não coincidir com as necessidades de financiamento monetário do Tesouro, uma vez que há necessidade de desviar parte da emissão para a gestão da própria taxa de câmbio.26
Apesar dessas restrições bem conhecidas, o SME passa a ser visto como uma maneira simples e eficiente de estender a estabilidade monetária da Alemanha
Ocidental aos seus principais parceiros comerciais.27 O compromisso com a manutenção das taxas de câmbio nominais no SME e a renúncia do banco central
do