Alcolismo
Prevalence of the consumption of alcoholic beverages and of alcoholism in an urban region of Brazil
Liz Maria de Almeida**, Evandro da S. F. Coutinho***
ALMEIDA, L. M. de & COUTINHO, E. da S. F. Prevalência de consumo de bebidas alcoólicas e de alcoolismo em uma região metropolitana do Brasil. Rev. Saúde Pública, 27: 23-9, 1993. Foi realizado Inquérito epidemiológico com o objetivo de estimar o uso de substâncias psicoativas e a prevalência de alcoolismo. Tomou-se como referência a população de maiores de 13 anos de idade de região administrativa da cidade do Rio de Janeiro, RJ (Brasil), da qual se extraiu uma amostra aleatória de 1.459 indivíduos. Os resultados referentes ao uso de bebidas alcoólicas e alcoolismo, identificados através do teste CAGE, mostraram: prevalência de 51% para o consumo de álcool e de
3% para alcoolismo, sendo 4,9% em homens e 1,7% em mulheres; maior proporção de consumidores de álcool e de alcoolistas entre homens de 30 e 49 anos; abstinência mais freqüente entre os viúvos, protestantes e indivíduos com níveis de renda inferiores.
Descritores: Alcoolismo, epidemiologia. Consumo de bebidas alcoólicas, epidemiologia.
Introdução
A epidemiologia tem sido importante na caracterização do abuso e dependência de bebidas alcoólicas como um problema de saúde pública.
As análises de dados secundários apontam o alcoolismo como a segunda causa de internação psiquiátrica, como uma das principais causas de aposentadoria por invalidez5, do absenteísmo, dos acidentes de trabalho e de trânsito17.
Os coeficientes de prevalência de alcoolismo diferem entre os países. A Organização Panamericana da Saúde (citada por Santana22) divulgou dados em que se verifica uma variação de l a 10% da população total caracterizada como alcoolistas ou "grandes bebedores".
Schuckit25 afirma que, com um critério rigoroso,
5 a 10% da população