Alcolismo
INTRODUÇÃO
A prevalência do alcoolismo na população adulta brasileira é de 3 a 10%. A avaliação de um programa de tratamento para alcoolismo, com funcionários de uma universidade pública trouxe o alcoolismo como o terceiro motivo de absenteísmo no trabalho, sendo a causa mais freqüente de aposentadorias precoces e acidentes de trabalho e a oitava causa de concessão de auxílio-doença pela Previdência Socia. No campo profissional, o alcoolismo tem maior incidência em ocupações que exigem pouca ou nenhuma qualificação. Há, porém, algumas atividades que apresentam um alto índice de usuários de álcool, entre os profissionais autônomos, liberais e empresários. Essa tendência para o alcoolismo talvez esteja relacionada aos modelos tradicionais de beber desses grupos. Podendo ser percebidas as infrações das normas que passam a ocorrer em relação a horários, atribuições, responsabilidade no desempenho e qualidade da produção.
Os trabalhos publicados sobre os resultados de programas voltados para os trabalhadores dependentes mostram um índice de recuperação entre 50% e 70% em empresas, comparando com cerca de 30% em egressos de tratamento hospitalar.
REFERENCIAL TEÓRICO
A maioria das abordagens de intervenção com o alcoolista o define como aquele indivíduo que desenvolve o hábito de utilizar excessivamente o álcool por um tempo prolongado. Outra abordagem, adotada por esse estudo, se vincula à compreensão de que as relações são reguladas por meio de estratégias que incorporem uma conduta interacional de embriaguez. Nesse sentido, destacamos que existem diferenças na compreensão entre a família alcoolista e a família com membro alcoólico. Considerou-se, ainda, o alcoolismo sob uma abordagem cultural, que ressalta seu caráter heterogêneo, assim como sua construção e influência nos diferentes contextos, em suas diversas formas de interação entre os indivíduos. As terminologias produção/reprodução e transformação