Alceste

Alceste
Eurípides

A história criada por Eurípides no séc. V a.C. conta a história de Admeto, rei de Feras que, após esquecer de fazer um sacrifício para Ártemis no dia de seu casamento com Alceste encontra seu quarto cheia de cobras. Apolo tenta ajudar e faz com que as Parcas o poupem desde que outra pessoa tome seu lugar na hora da morte, mas a única pessoa que se dispôs a isso foi sua esposa Alceste. Nem mesmo seus pais o quiseram.
Na época em que a obra foi escrita, a Grécia era uma grande e influente pólis. Foi nessa época que se deu início o declínio das cidades-estado – “uma cidade, um local independente, que possui seu próprio governo” – com a derrota de Atenas na Guerra do Peloponeso – conflito entre Atenas e Esparta onde Esparta ganhou.
Eurípides escreveu tragédias famosas como Electra, Medeia e Helena. Em suas tragédias, o autor tratava de diversos temas, tanto de ordem subjetiva como as agitações da alma humana, e contemporâneos à sociedade, como revoltas, intrigas, etc. Naquele tempo o povo ateniense passava por mudanças de valores e tradições, e assim os pensamentos da população estavam confusos. As tragédias procuravam amenizar a confusão da população.
É importante destacar que a devida compreensão de uma obra envolve a capacidade de localizá-la tanto no tempo como no espaço em que a mesma foi criada. Deste modo, é imprescindível realizar algumas observações acerca da Grécia Antiga para melhor compreender a tragédia supracitada. Podemos explicitar: (i) o contexto histórico; (ii) a trama; e (iii) o significado dos personagens presentes e sua devida relação com a lição moral embutida no mito.
Em uma sociedade grega nem todos eram considerados cidadãos, apenas homens maiores de 21 anos e filhos de atenienses. Em Alceste, o foco principal vai além do cidadão Admeto e cai sobre Alceste, sua esposa não cidadã. É ela quem se sacrifica pelo marido enquanto ninguém mais quis. Alceste tem a força e a coragem que seu marido não teve, de dar a