Alberto de Oliveira
Antônio Mariano Alberto de Oliveira nasceu em Palmital de Saquarema, Rio de Janeiro, em abril de 1857. Seus primeiros estudos foram realizados em escola pública. Formou-se em Farmácia em 1884, freqüentou o curso de Medicina, no qual conheceu Olavo Bilac, porém, ambos abandonaram a faculdade. Alberto de Oliveira seguiu sua carreira de farmacêutico e casou-se, em 1889, com Maria da Glória Moreira, com quem teve um filho.
Antônio Mariano Alberto de Oliveira nasceu em Palmital de Saquarema, Rio de Janeiro, em abril de 1857. Seus primeiros estudos foram realizados em escola pública. Formou-se em Farmácia em 1884, freqüentou o curso de Medicina, no qual conheceu Olavo Bilac, porém, ambos abandonaram a faculdade. Alberto de Oliveira seguiu sua carreira de farmacêutico e casou-se, em 1889, com Maria da Glória Moreira, com quem teve um filho.
Em Meridionais acentua-se a presença de traços parnasianos, notadamente nos grupos de sonetos de “Manhã e caça” e “Afrodite”, mais ainda neste, por tratar da deusa da beleza (a Vênus dos romanos), apesar de os versos serem decassílabos e não alexandrinos, como na maioria dos poemas da escola original..
O mudo cemitério em luz de encanto
Orna-se e veste e os últimos amores
Cobre de lírios com o bordado manto...
E a terra, a grande mãe, as fundas dores
De outra mãe desconhece e, vendo-a em pranto,
Em vez de em pranto abrir-se, – abre-se em flores.
Sonetos e poemas abre com um soneto que talvez seja o mais ortodoxo dos poemas de Alberto de Oliveira; o tema se reveste do exotismo que deu colorido especial aos Poèmes barbares de Leconte de Lisle, pois retrata algo captado não pela retina ou mesmo imaginação do poeta, mas pela sua erudiçã
Numa sorte de naos Cleópatra procura
Su’alma distrair, prestando ouvido ao canto
Que a escrava Charmion tristemente murmura..