ALBERTO CAEIRO
Alberto Caeiro, um dos heterônimos de Fernando Pessoa, foi um poeta muito ligado à natureza, como ele mesmo diz foi um simples “guardador de rebanhos”. Desprezava qualquer tipo de pensamento filosófico, sentia a realidade de uma forma simples e natural, era sensacionista, para ele só interessa o que capta pelas sensações.
Sempre otimista, via sempre a beleza do mundo, da natureza, e confessa que existir é um fato maravilhoso: “Outras vezes oiço passar o vento, e acho que só para ouvir passar o vento vale a pena ter nascido”.
É tido como mestre dos outros heterônimos de Pessoa, Ricardo Reis e Álvaro de Campos, e até do próprio Fernando Pessoa. De poética com versos livres, linguagem simples e familiar. Escreveu ao todo 104 poemas, 49 em O Guardador de Rebanhos, 6 em O Pastor Amoroso e 49 em Poemas Inconjuntos. Os seguintes temas são os mais abordados ao longo da sua poesia e os seus respectivos chavões de identificação.
Atitude antilírica;
Atenção à eterna novidade do mundo;
Poeta da Natureza;
Sensacionismo:
Poeta das sensações verdadeiras;
Poeta do olhar;
Predomínio das sensações visuais e auditivas;
Antimetafísico:
Recusa do pensamento e da compreensão (pensar é estar doente dos olhos)
Recusa do mistério e do misticismo;
Panteísmo naturalista:
Deus está na simplicidade e em todas as coisas.
“Caeiro canta o viver sem dor, o envelhecer sem angústia, o morrer sem desespero, o fazer coincidir o ser com o estar, o combate ao vício de pensar, o ser um ser uno, e não fragmentado.”
Fonte: Wikipédia Aulas Solar