Akrasia
Relatório Parcial das atividades de Iniciação Científica – FAPESP
Período: 01/03/2012 a 10/08/2012
INTRODUÇÃO
Este relatório refere-se às atividades realizadas no período de 01/03/2012 até
10/08/2012. Ele possui quatro seções. Na primeira, ‘Resumo do plano inicial’, apresenta-se o resumo do projeto de pesquisa. Na segunda, ‘Resumo do que foi realizado’, mostra-se, de maneira sintética, o que foi feito no período mencionado. Na terceira, ‘Resultados parciais’, apresenta-se, de modo detalhado, os resultados obtidos no período, sob a forma de uma dissertação. Na quarta e última seção, ‘Próximas etapas’, oferece-se, de modo detalhado, um plano para as ações a serem realizadas de
Agosto até Março de 2013.
RESUMO DO PLANO INICIAL
Este trabalho de iniciação científica tem por objetivo estudar e esclarecer o conceito de akrasia em Aristóteles, visando, principalmente, estudar o tipo de ignorância que ela envolve. Aristóteles acredita que a akrasia não é uma ignorância quanto ao que é correto, pois o acrático delibera corretamente, toma a decisão correta, mas falha no momento de aplicar sua decisão à ação. Para que essa falha seja explicada, é necessário entendermos a estrutura da ação do homem: ele delibera sobre a ação que deve tomar e, para isso, utiliza-se de um silogismo prático. Nesse silogismo prático há duas premissas, uma universal e outra particular. A premissa universal é formada por uma proposição do tipo:
“Tudo que é doce não deve ser provado”
A premissa particular é formada por outra proposição:
“Essa coisa é doce”
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A partir dessas duas premissas é preciso chegar à conclusão:
“Então, isso não deve ser provado”.
O acrático falha devido a um impulso que o leva a fazer o que o seu apetite quer e, esse apetite, faz com que a pessoa deixe de lado a decisão correta (“isso não será provado”) e que faça, então, a ação errada (“isso será provado”). O acrático sabe que seu ato é errado, pois ele se arrepende pelo seu ato falho,