Agripina
Agripina nasceu durante uma das campanhas militares do pai, que Agripina Major insistia em acompanhar mesmo grávida, no acampamento de Oppidum Ubiorum nas margens do Reno da Germânia Inferior. Mais tarde esta localidade seria rebaptizada em sua honra com o nome de Colónia Agrippinae e actualmente corresponde a Colónia, uma das cidades mais importantes da Alemanha.
O seu primeiro casamento foi com Gneu Domício Aenobarbo, pertencente a uma família tradicional da aristocracia republicana. Desta união nasceu um filho, Lúcio Domício Aenobarbo, que ficaria conhecido para a história como Nero. Na viuvez, Agripina seduziu o imperador Cláudio, seu tio, e casou-se com ele no dia 1 de Janeiro de 49, depois da queda em desgraça e execução da imperatriz Messalina.
Rapidamente, Agripina tornou-se conselheira do tio e graças à sua influência sobre ele, convencendo-o inclusive a adoptar Nero como filho. Cláudio acede e nomeia o enteado e sobrinho-neto como sucessor, apesar de ter ele próprio um herdeiro, Britânico. Mais tarde na sua vida, Cláudio afirmou em público o seu arrependimento por estas decisões, num acesso de franqueza que lhe pode ter custado a vida. Sentindo o seu poder diminuir, Agripina decidiu tomar a iniciativa mostrando estar bem à altura dos seus parentes masculinos. Acredita-se que foi ela a responsável pela morte de Cláudio através de envenenamento e consequente subida ao trono de Nero.
Durante algum tempo, Agripina gozou do favor do filho que controlava segundo as suas conveniências. Mas em breve Nero fartou-se da sua companhia e das críticas ásperas que lançava a suas veleidades artísticas. Agripina foi