História de Nero
Nascido com o nome de Lúcio Domício Enobarbo, era descendente de uma das principais famílias romanas, pelo pai Cneu Domício Enobarbo e da família imperial Júlio-Claudiana através da mãe Agripina, a Jovem, filha de Germânico e neta de César Augusto. Ascendeu ao trono após a morte do seu tio Cláudio, que o nomeara o seu sucessor.
Com a morte do imperador Cláudio, no ano 54, não foi seu filho Britânico que subiu ao trono de Roma. O sucessor foi seu enteado, filho de sua mulher, Agripina, e marido de sua filha Otávia. Ele se tornou o novo soberano de Roma aos 17 anos, com o nome de Tibério Nero Claudio Domiciano César - em geral abreviado para Cláudio César ou, apenas, Nero, como passaria à história. Agripina e o filósofo Sêneca, seu mestre, tramaram juntos para que Nero tivesse o poder, convencendo Cláudio a adotá-lo, um pouco antes de morrer.
Nero tornou-se imperador numa época de grande esplendor do Império Romano. Nos cinco primeiros anos de seu governo, Nero mostrou-se um bom administrador.
Durante o seu governo, focou-se maiormente na diplomacia e o comércio, e tentou aumentar o capital cultural do Império. Ordenou a construção de diversos teatros e promoveu os jogos e provas atléticas. Diplomática e militarmente o seu reinado caracterizou-se pelo sucesso contra o Império Parto, a repressão da revolta dos britânicos (60–61) e uma melhora das relações com Grécia.
No tocante às guerras de expansão, Nero demonstrou pouco interesse. De acordo com os historiadores da antiguidade, empreendeu apenas algumas incursões militares na região da atual Armênia.
Suas decisões políticas, militares e econômicas eram fortemente influenciadas por algumas figuras próximas. Entre elas, podemos citar sua mãe, Agripina, e seu tutor, Lucio Sêneca.
Nero entrou em conflito com a mãe, que pretendia dominar Roma por meio do filho. E Agripina passou a preferir Britânico no trono. Mas, para eliminar a concorrência, Sêneca providenciou que Britânico fosse morto.