Historia da escrita
Muitas palavras que antes tinham um significado, hoje em dia, estão associadas com coisas completamente dispersas de sua origem. Um claro exemplo disso é a palavra obesa que vem do latim Óbitos e significa “devorado”. Chamar alguém de obeso era dizer que o individuo estava muito magro, como se tivesse sido devorado por dentro (pela doença, por exemplo) e hoje em dia tem o significado completamente contrario. E se isso não ficar suficientemente, basta ler algum livro do escritor Dan Brown, onde ele insiste em mostrar essa mudança de significados. E as mudanças não se aplicam apenas nas palavras, a própria historia em si tem mudanças, o famoso grito da independência de D. Pedro I, nas escolas é contado como um ato heróico em meio a uma grande batalha para se ter a independência, já nas universidades ou em alguns livros (um grande exemplo é Laurentino Gomes com seu livro 1822) mostram que a independência brasileira não foi bem assim. E essa falta de conhecimento histórico da população em geral, se aplica também ao que um estudante de historia aprende dentro de uma universidade, pois é do senso comum que um historiador estude o passado, das sociedades, das relações entre tribos, civilizações e que busca descobrir a “verdade” sobre tudo isso. E isso é interessante, pois o que realmente um historiador faz é estudar a transição entre o falso e o possível, como o próprio autor, Fabio Faversani diz: “A historia estuda e produz representações que podem se mostrar validas como querem alguns, ou simplesmente persuasivas para outros.” Pois o historiador não pode descobrir a verdade, não se pode ter certeza do que aconteceu com Sócrates, Nero, Maquiavel ou Napoleão, pois não estávamos lá para saber, e mesmo se estivéssemos, teríamos visões e opiniões diferentes dos mesmos fatos, por esse motivo o historiador faz representações do passado. Sendo assim, o passado vive em eterna mudança, pois cada historiador