A história da escrita
Entendemos por escrita a expressão gráfica do discurso, a fixação da linguagem falada e também uma tecnologia de comunicação. Usamos para a escrita o sistema fonético alfabético, que registra sons, e cada som representa uma letra. No entanto, muitas vezes não imaginamos o processo pelo qual se deu a invenção da escrita. A escrita, até chegar aos sistemas alfabéticos atualmente utilizados, passou por um longo processo de evolução, com inúmeras mudanças e transformações. Na Pré-História o homem buscou se comunicar através de desenhos feitos nas paredes das cavernas. Através deste tipo de representação, trocavam mensagens, passavam idéias e transmitiam desejos e necessidades. Porém, ainda não era um tipo de escrita, pois não havia organização, nem mesmo padronização das representações gráficas. O desenvolvimento na habilidade do desenho surgiu no período de 30.000 a 25.000 a.C., quando a cultura da Antiga Idade da Pedra passou para o estágio Paleolítico Superior. Tal período é caracterizado pelas artes rupestres (desenhos nas rochas), desenvolvimento da agricultura e domesticação de animais. Os desenhos, rabiscos feitos com os dedos na argila úmida, evoluíram para formas mais elaboradas, quando passaram a ser utilizadas as cores e a escala para representar grupos, bem como artifícios que davam a ilusão de movimento. Representavam, em sua maioria, animais correndo, saltando, pastando, ruminando ou enfrentando caçadores. De acordo com o Dr. Mário Carabajal, presidente da Academia de Letras do Brasil e Especialista em Metodologia da Pesquisa Científica/UFRR, a “aproximadamente ao ano 4.000 a.C. na Mesopotâmia, surge o primeiro alfabeto a que temos conhecimento; através de desenhos simplificados “pictogramas” expressavam suas realidades”. Nos pictogramas esculpiam em pedras imagens. Entre 3250 e 1950 a.C. através dos sumérios surge a escrita cuneiforme; gravavam figuras sobre tábuas de argila utilizando-se de