Agentes Tóxicológicos
O que é:
O amianto é um mineral que por suas propriedades físico-químicas apresenta alta resistência mecânica e às altas temperaturas, oferece boa qualidade isolante, durabilidade, flexibilidade, incombustibilidade, resistência ao ataque de ácidos, álcalis e bactérias e facilidade de ser tecida. Muito abundante na natureza e de custo baixo vem sendo utilizado desde os primórdios da civilização, inicialmente em acabamentos cerâmicos conferindo uma qualidade refratária a esses utensílios. Existem mais de 30 variedades de amianto, que cobrem 2/3 da crosta terrestre. Porém, apenas seis são comercialmente utilizados em milhares de produtos. No Brasil, a produção de amianto crisotila gira em torno de 175 mil toneladas/ano, sendo que 97% para produtos cimento-amianto (fibrocimento) e 3% para produtos de fricção e outros.
Histórico:
A fabricação do amianto iniciou no fim do século XIX, no Canadá, no entanto, a extração deste mineral e seu uso data há quase 2000 anos, quando Heródoto descreveu a alta mortalidade de escravos que trabalhavam nas minas situadas nos Alpes italianos e nos Montes Urais na Rússia. Na industrialização da Europa e América, o amianto estava intrinsecamente ligado na indústria a vapor e grandes construções. Na década de 50, existiam inúmeras fábricas de amianto e milhares de operários trabalhavam em condições extremamente penosas. O mineral era empregado nos mais diversos tipos de objetos, como toalhas de mesa a prova de fogo, utensílios domésticos e revestimentos na construção imobiliária, até na indústria naval. Este setor industrial era altamente poderoso e mesmo com diversos estudos e casos apontando os malefícios do contato das pessoas com o amianto desde o início do século XX, havia manipulação de informações na mídia por parte dos empresários para que a população continuasse a consumir os produtos oferecidos. A partir da década de 70, impulsionado por um forte movimento ambiental, mudanças começaram a ocorrer no