A EVASÃO NO ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO
No Brasil, a evasão escolar entendida como interrupção no ciclo de estudo, causa prejuízos significativos sob o aspecto econômico, social e humano em qualquer que seja o nível de educação. O ambiente entre as instituições de educação superior é competitivo e a viabilidade econômica tem forte ligação com os programas de permanência do aluno.
Há perdas de natureza econômica para o aluno, uma vez que as recompensas sociais relacionam-se à obtenção do título. As instituições, notadamente as particulares, sofrem com a perda de prestígio e com o risco de manutenção das condições de sobrevivência financeira. A sociedade perde com os investimentos mal aproveitados, uma vez que os alunos ocupam as vagas e não concluem seus cursos. Não é incomum que o estudante decida mudar de área, deixando a vaga ociosa, que raramente é preenchida nas IES públicas. Nas instituições privadas só há preenchimento nas carreiras mais concorridas e nos estabelecimentos que conquistaram maior credibilidade no mercado.
Ingressar simplesmente na educação superior não garante o êxito educacional do estudante, pois as características deste nível de ensino diferem da educação fundamental e média. A descontinuidade em relação ao que o aluno vivenciara até então causa certa insegurança quanto à carreira e exige mudanças significativas de hábitos, utilização de novas estratégias de aprendizagem, capacidade de conviver com colegas que têm condições, habilidades e aspirações que não combinam com as suas.
Pode haver decepções, também, quanto às expectativas levantadas em relação à vida universitária, à estrutura e metodologia do trabalho acadêmico, quando o aluno, mesmo com o pouco conhecimento específico, almeja o exercício da profissão.
Em universidades públicas, devemos levar em consideração a questão do problema financeiro e também de adaptação à cidade, quando a universidade se localiza longe da residência dos pais do aluno. Em alguns