Agentes físicos
Calor Verifica-se a presença de calor em inúmeras operações industriais, como na fundição de metais, na laminação a quente, nos altos-fornos, nos vazamentos em aciarias, em fornos de cerâmica etc.
O trabalho efetuado com exposição a altas temperaturas provoca fadiga intensa e, consequentemente, a diminuição do rendimento normal do trabalhador, em razão do maior desgaste físico e da perda de água e de sais. Os principais quadros clínicos causados pelo calor são: a intermação, a desidratação, a prostração térmica, as caimbras do calor, e os problemas de pele. Somente, após 3 semanas trabalhando sob calor, é que o trabalhador consegue a aclimatação, tornando-se mais fácil e menos perigoso o trabalho em ambientes sob altas temperaturas.
O controle médico do trabalhador deve ser rigoroso, principalmente na fase de aclimatação, (ou adaptação), inicial, e, também, após o retorno de ferias ou após qualquer afastamento por mais de 2 semanas, depois do que o indivíduo perde totalmente a adaptação ao calor.
Ruído
O ruído, a uma intensidade maior que o permitido pela nossa legislação, causa, aos operários expostos durante longo tempo, a perda total ou parcial e irreversível da audição.
Quanto maior a intensidade do ruído, bem como a suscetibilidade individual (indivíduos mais sensíveis ao agente), mais cedo aparece a surdez profissional . Inicialmente, o indivíduo tem a audição afetada para a percepção de sons muito agudos (4.000 Hz) e, portanto, não chega a ter perturbada a comunicação verbal (feita entre 500 a 2.000 Hz), mas, persistindo a exposição, haverá também comprometimento das freqüências importantes para a comunicação oral e, portanto, com grande e irreversível prejuízo para o indivíduo.
O controle médico deve ser feito por meio do exame audiometrico pre-admissional e periódico, para diagnóstico precoce da lesão auditiva, visando, portanto, impedir que a exposição continue por mais alguns anos e acabe por resultar numa