Agentes antipsicoticos

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1 - ANTIPSICOTICOS Entre 1910 e 1920 praticamente não havia terapêutica para a esquizofrenia e somente 20% dos pacientes, aproximadamente, apresentavam algum tipo de melhora. Em 1930 surge o primeiro tratamento biológico para essa psicose, a eletroconvulsoterapia. Foi somente nas décadas de 50 e 60 que chegam os primeiros antipsicóticos, chamados então de primeira geração, hoje conhecidos como "convencionais".
O primeiro antipsicótico a ser utilizado foi a clorpromazina em 1952, que revolucionou o tratamento das psicoses, especialmente da esquizofrenia. Logo foram descobertos outros antipsicóticos (p. ex., haloperidol, flufenazina, tioridazina) que tem como mecanismo básico de ação o bloqueio de um neurotransmissor cerebral denominado dopamina.
Estes antipsicóticos, denominados clássicos ou convencionais, são eficazes principalmente no controle de sintomas chamados positivos, como os delírios, as alucinações, a desorganização do pensamento. Eles também produzem efeitos colaterais denominados extrapiramidais, tais como tremores, rigidez muscular. Em 1990 surgem os antipsicóticos de segunda geração, que trouxeram uma nova perspectiva para o tratamento da doença. A clozapina (Leponex®), considerada o primeiro antipsicótico de segunda geração (ou atípico) foi descoberta em 1970, mas, devido ao problema da agranulocitose, aparece no mercado somente em 1988, sendo aprovada para uso nos Estados Unidos em 1990 e no Brasil em 1992. A partir dos anos 90 uma nova geração de antipsicóticos (p. ex., clozapina, risperidona, olanzapina) vem sendo desenvolvida. Os novos antipsicóticos alem de bloquear a dopamina, bloqueiam também outros neurotransmissores cerebrais, especialmente a serotonina. Os novos antipsicóticos agem não apenas nos sintomas positivos, mas também nos sintomas chamados negativos, como a pobreza de pensamento, o embotamento afetivo e a falta de motivação. Eles produzem menos efeitos colaterais extrapiramidais do que os

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