Antipsicóticos
1.0 INTRODUÇÃO
Os antipsicóticos se caracterizam pela sua ação psicotrópica ,com efeitos sedativos e psicomotores. Por isso são escolhidas de preferência no tratamento sintomático das psicoses, sobretudo a esquizofrenia ,além de serem usados como calmantes e em outros distúrbios psíquicos . A expressão “antipsicótico atípico” é utilizada para descrever os agentes mais efetivos e associados a riscos significativamente menores de efeitos extrapiramidais, e por bloquearem os receptores D2 e de outras monoaminas, tais como os de 5HT-2. Os representantes deste grupo são: Clozapina, Olanzapina, Quetiapina e Respiridona, em pequenas doses. Dentre os antipsicóticos tradicionais, clorpromazina foi o representante fenotiazínico selecionado como referência pelo efeito mais sedativo, útil no surto psicótico, e haloperidol para tratamento de manutenção.
A causa da esquizofrenia continua indefinida, porém envolve uma combinação de fatores genéticos e ambientais. A “teoria da dopamina”, apesar de ser controversa, prevê que há uma hiperatividade da dopamina no cérebro dos pacientes esquizofrênicos. Por outro lado, a hipoatividade da dopamina nos gânglios da base é a principal causa da doença de Parkinson. A teoria envolvendo o glutamato e receptores NMDA,que também tenta explicar a etiopatologia da esquizofrenia,baseia-se no fato da fenciclidina (um antagonista dos receptores NMDA) induzir sintomas positivos e negativos da esquizofrenia; enquanto testes realizados com agonistas dos receptores NMDA combatem os sintomas da doença Na atualidade são conhecidas cinco vias ou sistemas dopaminérgicos importantes no cérebro.
A primeira via – a mais estreitamente relacionada ao comportamento – é a via mesolímbico-mesocortical, que se projeta dos corpos celulares próximos da substância negra para o sistema límbico e neocórtex.
A segunda via – a via nigroestriatal – consiste em neurônios que se projetam da substância negra até o caudado e o putame; essa via está