Agamben
Justifique como e porque são dispositivos biopolíticos. (em Agamben)
Homo sacer
O termo, conforme menciona Agamben na introdução do capitulo, diz, referindo-se ao termo homo sacer: “estrutura politica originária, que tem seu lugar em uma zona que precede a distinção entre sacro e profano, entre religioso e jurídico.”
O termo é, então de origem nebulosa ou pelo menos diverso, porém é claro que é associado ao sagrado, pertencente a Deus e insacrificável, no entanto “matável” para os homens.
Ele é então o resultado de uma decisão soberana que se mantem em uma relação de exceção suspendendo a lei e levando-o para uma vida nua, se sujeitando a um poder soberano de vida de morte.
A dissolução dos vínculos, uma redução a simples zoé na polis, aleijado de todo e qualquer direito, a mercê das vontades alheias, nem cidadão, nem escravo, mero sobrevivente, sem proteção legal da cidade, o homo sacer para Agamben, diferente de Foucault, diz que é uma figura da história que estava nas cidades romanas, e antes delas.
O Estado de exceção
Conforme Agamben diz no texto referente ao paradoxo da soberania, o estado de exceção, é uma decisão soberana de suspensão da ordenação do estado jurídico, é uma exclusão onde a “norma se aplica à exceção desaplicando-se”, “é a lei fora dela mesma”, não é uma situação de fato e nem de direito, mas sim muito próxima da indiferença, demonstra não ter necessidade do direito para cria-lo.” Seu território é difuso e amplo, o autor nomeia de campo de concentração, “ilocalizável”, este, não é um cárcere ou espaço de reclusão, é um espaço de exclusão onde o homem se transforma em mero “ser vivente”. Então esta massa excluída, impotente, mantem-se em sua própria privação, abandonado pela lei, onde vida e direito se confundem, esta forma de relação, este bando, não possuem conteúdo positivo, é pura forma de referir-se a alguma coisa em geral.
Dispositivos