Agamben
“O que é Contemporâneo?
E Outros Ensaios”, de Giorgio Agamben
Tradução: Vinícius Nicastro Honesko
Resenha: Luiz Fernando Barbosa
Assessor Técnico da Secretaria de Desenvolvimento da Cidade de Vitória
“Contemporâneo é aquele que mantém fixo o olhar no seu tempo, para nele perceber não as luzes, mas o escuro”. Giorgio Agamben.
Giorgio Agamben nasceu em Roma, em 1942, professor da Facolta di Design e arti della IUAV (Ve- neza), onde ensina Estética; e do College Interna- tional de Philosophie de Paris. Sua produção cen- tra-se nas relações entre filosofia, literatura, poesia e, fundamentalmente, política.
Em “O que é contemporâneo?”, Agamben re- corre ao poema intitulado O Século, de 1923, do poeta russo Osip Mandel’štam, para fazer uma investigação sobre o problema do tempo. Desde
1978, o autor vem sublinhando sobre a autentici- dade das revoluções, que para ser autenticas de- vem mudar a experiência do tempo e distanciar-se de determinismos cronológicos-causais.
Em “O que é um dispositivo?”, “O que é contem- porâneo?”, e “O amigo”, o autor faz indagações que poderiam ser formuladas em outro formato, como em suplantar os atuais mecanismos que aprisio- nam a ação humana para além da dimensão de uma democracia fundada no consenso ou em uma maioria. Outra formulação poderia ser em como ter acesso a uma nova forma de política para além da máquina governamental ou, em como encarar a relação humana da amizade, tendo o “com” como base para o compartilhamento da própria existên- cia, em “com-senso”, “com-sentir”, “com-partilhar” ou o “com-dividir”, por melhor esboçar a leitura de
Aristóteles feita por Agamben (pág, 88-89).
Na busca da compreensão do mecanismo político contemporâneo, o autor utiliza o termo