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Milton Santos distingue dois processos de globalização: o primeiro está atrelado ao colonialismo, à ocuapação territorial e ao genocídio das populações tradicionais das américas; o segundo se deu através da fragmentação territorial, iniciada no final do século XX e perpetuada até os dias atuais. Apesar das diferenças entre os dois processos, percebe-se que ambos destroem valores e tradições que dão identidade a grupos sociais. Por esse motivo, o geógrafo considera o processo perverso e inecrupuloso, denominando-o '' globaritarismo''.
O espantoso avanço tecnológico ocorrido nas últimas décadas do século XX seria responsável por aumentar a discrepância de nível social entre países pobres e países ricos. A medida em que a tecnologia se torna obsoleta, os países que possuem mais recursos para o investimento em pesquisas se livram dos antigos equipamentos através da venda para os países mais pobres. Diante impossibilidade de investimento em pesquisas tecnólogicas e da pressão mundial para que se siga a cultura do consumismo e do apego as coisas materiais, os países pobre são impelidos a comprar o lixo eletrônico dos países mais ricos. Com isso, as grandes empresas multinacionais e os bancos internacionais são os grandes beneficiados pela quebra de barreiras culturais e econômicas proporcionadas pela Globalização.
O Consenso de Washington foi uma espécie de prescrições organizadas pelas potências hegemônicas com o intuito de expandir a globalização através da privatização de empresas e juros altos para o aumento de investimentos estrangeiros. O resultado dessas medidas foi crises econômicas nos países da América do Sul. O produto nacional não tinha como produzir com o produto importado, o que gerou a falência de indústrias nacionais, desemprego e miséria.
Milton