Africa
Alex André Vargem∗
Resumo
O objetivo do artigo é examinar a política externa brasileira para a África no governo Lula. É analisada a efetividade desta política, assim como o processo de decisão e interesses de atores estatais e não estatais.
Palavras Chaves: Política externa, África e Governo Lula
Abstract
The aim of this article is to examine the foreign policy of the Brazilian State to
Africa in the Lula government. Is analysed the effectiveness this policy, as well as how the decision making process and interests of the state actors and non-state actors. Key-words: Foreign policy, Africa, Lula administration
Desde o primeiro mandato, que se expressa em seu discurso de posse, o governo
Lula vem dando sinais de mudanças em relação à política externa para o continente africano, iniciada no começo dos anos 60 no governo Jânio Quadros sob a Política Externa
Independente. Neste período, o presidente Jânio recomendou ao Itamaraty um grupo de estudos sobre a África para melhor planejar as ações brasileiras no continente, num contexto onde as lutas de libertação e independência dos países africanos em relação ao colonizador Europeu eram latentes, e se formavam as primeiras nações africanas. Estas relações entre Brasil e África oscilaram ao longo dos últimos anos.
Diferente do governo Fernando Henrique Cardoso, que priorizou o Mercosul e fechou postos e embaixadas na África, o atual governo acrescenta um outro capítulo na cooperação no âmbito Sul-Sul em relação ao continente africano. Essa formulação da política externa para a África envolve outros atores. É necessário compreender que o
Partido dos Trabalhadores tem ligações históricas com o movimento negro, além de outros movimentos sociais que de certa forma, inseriu na agenda política governamental a questão do Brasil e sua ligação com a África. No discurso expressado pelo ministro das relações exteriores, Celso Amorim, fica