África
(A necessidade do resgate histórico dos povos africanos) O preconceito da África sem História
De há muito tempo o continente africano é apresentado pela imprensa mundial como sendo a área do planeta onde predominam a fome, as guerras, as epidemias, os extermínios em massa, etc. Em suma, é o lugar mundial da pobreza e da morte. A causa dessas calamidades são apresentadas como sendo inerentes aos povos africanos, isto é, por estarem ainda no estágio tribal de desenvolvimento, não conseguem viver "civilizadamente". Neste sentido, tudo não passa de um processo de auto-extinção dos próprios africanos. Todos os conflitos neste continente são colocados como sendo de caráter étnico ou tratados como meras guerras tribais.
Estas concepções tentam encobertar as verdadeiras razões atuais que provocam estas situações, como também descartam a realidade histórica da África. Normalmente, quando se fala em História da África pensa-se no tráfico de escravos, dando uma falsa imagem de que os africanos só viveram esta realidade. Por conta disto, levantar algumas questões a respeito do desenvolvimento histórico dos africanos torna-se fundamental, tanto para entender seu momento atual como para romper com preconceitos já estabelecidos de que na África não houve História antes da presença européia, mais claramente, a partir da expansão portuguesa pelo litoral africano no século XV.
O papel de vanguarda tecnológica da África
Existe um certo mal-estar no campo da ciência em admitir o fato de que o ser humano e seus antepassados se originaram na África. Sabe-se hoje que a humanidade teve seu início neste continente; portanto, foi aí onde as grandes transformações - que geraram o ser humano atual - se fizeram pela primeira vez. Do mesmo modo, as principais descobertas tecnológicas realizadas nos princípios da humanidade são originárias da África - fogo, instrumentos de matérias variados tais como pedras, ossos, madeiras, etc. -