Resenha: avaliação educacional: regulação e emancipação para uma sociologia das políticas avaliativas contemporâneas.
Almerindo Janela Afonso é Doutor em Educação, na área de conhecimento de Sociologia da Educação pela Universidade do Minho (UM), onde exerce funções docentes e de investigação desde 1985, sendo também licenciado em Sociologia pela Universidade de São Paulo, no Brasil. Atualmente é professor auxiliar no Departamento de Sociologia da Educação e Administração Educacional do Instituto de Educação e Psicologia da UM.
Nos capítulos um e dois da obra de Almerindo Janela Afonso, intitulado de “Avaliação Educacional: regulação e Emancipação”, o autor percorre sobre as problemáticas da avaliação educacional, defende o campo possível para uma sociologia da educação e assim as suas práticas avaliativas. Exemplifica algumas funções das avaliações como o condicionamento dos fluxos de entrada e de saída do sistema escolar assim como constituir um elemento importante na gestão da aula na medida em que influencia as aprendizagens, o sistema de disciplina e as próprias motivações dos alunos. Assim as funções da avaliação têm que ser, compreendidas no contexto das mudanças educacionais e das mudanças econômicas e políticas mais amplas. Afonso afirma que a avaliação é uma atividade política como se constata, no estudo e prática da investigação avaliativa pela análise sociológica de programas educacionais e de políticas públicas. Através da visão sociológica do autor, seus níveis de análise quanto à avaliação são de micro, meso, macro e megasocilógico.
Outro item de suma que o autor aponta é a importância da avaliação como sistema de poder e disciplinarização, na medida em que a avaliação é compulsória, tem consequências importantes para vida escolar e pré-escolar dos alunos e impõe uma relação dialética entre avaliador e avaliado e assim pode ser vivida como uma relação de dominação. A