Afetividade na escola
Qual a importância da afetividade no ambiente pedagógico? De acordo com
Wallon (1959), a afetividade é um domínio funcional, cujo desenvolvimento depende da ação de dois fatores: o orgânico e o social. Entre esses dois fatores existe uma estreita e próxima relação tanto que as condições medianas de um podem ser superadas pelas condições mais favoráveis do outro.
Essa relação dependente impede qualquer tipo de determinismo no desenvolvimento humano, tanto que “...a constituição biológica da criança ao nascer não será a lei única do seu futuro destino.
Os seus efeitos podem ser amplamente transformados pelas circunstâncias sociais da sua existência, onde a escolha individual não está ausente.” Refere-se á capacidade, a disposição do ser humano de ser afetado pelo mundo externo e interno por meio de sensações agradáveis ou desagradáveis.
A teoria apresenta três momentos marcantes e sucessivos na evolução da afetividade: emoção, sentimento e paixão. Os três resultam de fatores orgânicos e sociais e correspondem a configurações diferentes e resultantes de sua integração; nas emoções há o predomínio da ativação fisiológica; no sentimento, da ativação representacional e na paixão, ativação do autocontrole.
Já Piaget (1896-1980), reconheceu que a afetividade é o agente motivador da atividade cognitiva. Para ele, a afetividade e a razão constituem termos complementares: a afetividade seria a energia, o que move a ação, enquanto a razão seria o que possibilitaria ao sujeito identificar desejos, sentimentos variados, e obter êxito nas ações.
Para Vygotsky (1896-1934), o desenvolvimento pessoal seria operado em dois níveis: o do desenvolvimento real ou efetivo referente às conquistas realizadas e o do desenvolvimento potencial ou proximal, relacionado às capacidade a serem construídas.
Esse autor é entendido, muitas vezes, como cognitivista por ter se preocupado principalmente com os aspectos do funcionamento do pensamento. Contudo é