Afetividade na educação
Roberto Andersen
A proposta do autor está sempre voltada para educação emocional como base para uma melhoria significativa no cotidiano das pessoas, não apenas no âmbito pedagógico, mas principalmente partindo deste na formação do caráter humano. Por isso no livro há diversos tópicos avaliando a atitude do educador (pais, professores) mediante a responsabilidade com seus alunos.
Chama a atenção para o desafio que é moldar e influenciar a educação das crianças e adolescentes, inclusive mostrando conceitos psicanalíticos (uma das especialidades do autor).
O livro está organizado nos tópicos: educar; educador, família; educando; o cérebro no desenvolvimento da criança e do adolescente; relatos de casos. Em cada tópico apresenta subitens.
Educar
Afeto e lógica
Afetividade não deve ser confundida como uma anormalidade pedagógico-comportamental bastante inconveniente e desnecessária. Tece criticas ao profissional preocupado apenas em dar sua aula, em receber o seu dinheiro e esperar a aposentadoria. Critica professores equivocados que escolheram a profissão por não conseguir emprego em outra profissão, esses são professores por incompetência.
Aprender a ser professor é possível, desde que essa pessoa aprenda a amar a si mesma e aos outros. O professor precisa se preocupar também com afetividade. Educação e afeto é coisa inseparável.
Comunicação e pensamento
Nosso pensamento transmite o que sentimos e não o que falamos, por isso o que ensinamos só será bem compreendido se estiver de acordo com o que sentimos. Isso nos obriga a refletir sobre nós mesmos, nossas emoções, se estamos investindo nosso precioso tempo de vida na construção integral de um relacionamento emocional entre nós e nossa família, nós e nossos amigos e colegas, nós e todos ao nosso redor. Precisamos dar importância a isso em tempos modernos em que seres humanos são transformados em máquinas. Essa insensibilidade nos torna intransigente com o mundo