Afecções úlcerativas
Um estudo, com duração de 25 meses, entre fevereiro 1997 e março 1999, realizado no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, teve como objetivo avaliar pacientes com úlceras de pressão. Para que o mesmo acontecesse foi elaborado um protocolo no qual se procurava avaliar os seguintes dados: sexo, idade, fatores de risco; localização, dimensões e classificação das úlceras de pressão, tipo de tratamento, complicações pós-operatórias, cronicidade, tempo de internação, taxa de sucesso e de recorrência.
Foram avaliadas as seguintes regiões: sacro, ísquio, trocânter, calcâneo, joelho, região occipital, dorso do pé, maléolo, ombro, tórax e panturrilha.
Resultados
Durante os 25 meses, foram internados 45 pacientes: 36 do sexo masculino e 9 do sexo feminino com idade variando de 17 a 64 anos.
Foram encontradas 77 (em média 1,71 por paciente) úlceras de pressão distribuídos em relação a sua localização, conforme os gráficos 1 e 2, do estudo de Paulino Costa et al (2005, p. 3-4):
Gráfico 1
Gráfico 2
Ainda é possível considerar pesquisa realizada por Anselmi (2009), segundo a qual a incidência de úlceras de pressão em terapia intensiva apresenta variação de 1% a 56% diferentemente do que acontece em instituições que atendem pacientes agudos ou em hospitais gerais e unidades cirúrgicas, onde a variação pode ser de 2% a 29,5%.
O mesmo autor afirma que no Brasil a incidência de UP (úlceras de pressão) em unidade de terapia intensiva tem probabilidade de 10,62% a 62,5%. Já em clínica médica, a estimativa é de 42,6% e em unidades cirúrgicas de 39,5%.(ANSELMI, 2009)
Nos casos de UP, Anselmi (2009, p. 258) aponta que a intervenção educativa apresenta bons resultados:
A literatura internacional mostra que a introdução de protocolos de prevenção de UP e de programas educativos diminui sua incidência. Em hospital de longa permanência, após intervenção educativa a incidência foi