Adoção de crianças por casais gays

O RE Nº 889.852 - RS, descreve com o devido detalhamento fático a relação vivida entre duas mulheres ou seja, homosexuais, que almejam assistência judiciária para adoção de duas crianças, que são irmãos biológicos. O relatório conta com parecer técnico de especialistas, cujo foram feitas visitas ao lar das possíveis tutoras, e se verificou um ambiente harmônico, onde até então a relação íntima das duas, não tem prejudicado o desenvolvimento físico e psicológico das crianças. O Art 1º da CF de 88, em seu inciso III, fundamenta a dignidade da pessoa humana, atribuída a todo ser humano independente de: sexo, religião e posição social, prevalecendo que a opção ou condição sexual, não diminui nem exclui direitos, cabendo ao Estado zelar pelo bem estar de todos, incluindo a condição de família. Nos dias que se seguem está sendo comum a mídia veicular, casos judiciais e mostrar-nos um novo modelo de família, são crianças adotadas por casais homossexuais, já permitido em vários países do mundo. Muito tem repercutido sobre esse novo instituto de família, já que esta é considera a base da sociedade moderna. Ainda tem se falado sobre possíveis preconceitos que estas crianças adotadas venham a sofrer, importando nesse diapasão, verificar que estamos caminhando a uma verdadeira revolução sobre o tradicional modelo de família. Entretanto não podemos fechar os olhos a essa nova realidade, é necessário que encontremos uma solução jurídica para se adequar a essa nova situação, uma vez que a partir do reconhecimento da união entre indivíduos do mesmo sexo, da impossibilidade da própria ciência, de gerar um filho entre essas pessoas, ou ainda visando a impotência do Estado assistir os menores, com um seio de amor e carinho, cabe a adoção construir esse vínculo, pautados em um ambiente saudável para o desenvolvimento das crianças e adolescentes tutelados.
A adoção tem por objetivo, assegurar ao menor, um ambiente harmônico, onde este possa aprender o significado de respeito,