Adorno e Freud

1412 palavras 6 páginas
Freud aborda em sua obra o Futuro de uma ilusão e Mal-Estar na civilização, as razões naturais do sofrimento humano gerado pela cultura civilizatória. Este processo deriva do fato da necessidade dos homens em se organizarem enquanto sociedade, para defender-se da sua própria natureza, daí o dilema dos homens, o esforço em manter a vida em sociedade. Freud, destaca também em sua obra, que a religião tem a função de conservar a sociedade, ela se apresenta como um “pai poderoso”, pois os homens tem uma necessidade de ter uma representação, pelo estado de desamparo infantil, que persegue os homens até a vida adulta.
As noções para se entender a relação da sociedade diante da imagem que promove o fascismo, é o Superego e o Ego, a partir desses conceitos compreende-se como as massas conseguem ser conquistadas. O superego é relativo a culpa interna, é o que reprime as pulsões, é irracional, pode-se dizer que o superego é o “porta-voz” das massas. Está ligado diretamente com a infância por que é anacrônico e não amadurece. O ego refere-se a consciência racional que examina a realidade interna/ externa e se desenvolve a partir da percepção de mundo. A partir desses conceitos expostos por Freud, a análise de como se fundamenta o fascismo na sociedade parte da ideia de que os homens para manter a sociedade, precisam reprimir suas pulsões, pois se não há a repressão das mesmas, a sociedade viveria em estado de natureza, portanto a civilização é a superação deste estado.
A partir disso, o fascismo utiliza dos mesmos mecanismos que a religião para contagiar as massas. O fato de ter um líder e ter em quem acreditar e que remete a sociedade a criar uma imagem psicológica de um líder, assim como na religião em que é criado uma divindade, e que a partir dela os homens se livram da culpa, pois é ela que mantém a civilização, para que esta não entre em colapso. A figura psicológica que é criada, para promover o fascismo, parte da ideia de que os homens se espelham em um líder, seria

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